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segunda-feira, dezembro 27, 2004

Catástrofe Natural... e Humana 

É (tragicamente) um acontecimento incontornável... o Terramoto "seguido" de Maremoto na Ásia.
E coloco o "seguido" desta forma, pois a(s) onda(s) gigantes demoraram, em alguns casos, como a Índia, onde tiveram de percorrer mais de 1500kms... mesmo a uma velocidade de cerca de 1000kms/hora... no mínimo hora e meia!!
São mais de 90 minutos para prevenir as pessoas das zonas costeiras...
O que foi feito nesse sentido?Pouco? Nada?
Porquê?Porque não?!!!
Olhando para as primeiras notícias, é claríssimo que a maioria das vítimas é-o das águas e não do "abano"...
Que se pode tirar daqui? O que se pode explicar daqui?
Como se pode acreditar depois daqui?
Será sempre tudo redutível a uma "mera" questão de meios, de dinheiro?
Quanto vale uma vida Humana?
Um sismógrafo? Um rádio?um helicóptero?10? 100?
Hoje fiz questão de não ver notícias sobre o sucedido (não foi fácil), mas a confirmar-se este silêncio...
É, no mínimo, desanimador para Todos!
Força para quem mais precisa e a quem partiu...bom Descanso, que a Viagem foi "dura"...


sexta-feira, dezembro 24, 2004

Boas Festas!! 

Natal à porta, família, amigos (alguns...), comida e bebida... e eu de folga! Que posso mais pedir?
Ah, pois... mas "isso" não cai bem neste post...
Vamos dar valor às coisas simples da vida, são elas que fazem as diferenças decisivas...
Bom Natal e até já!!

"Amor(es)" 

Não grites, corpo de pecado
sabes que levas à loucura
quem te olha, fica extasiado
um coração, uma fissura.

A noite recorda o perfume
sem alertar para a ilusão
amor que fervilha em lume
que acaba por ferver a razão.

É impossível entender
o que reserva o futuro
sonhos mil, com prazer,
sem se aperceber do muro...

Divisão fictícia do real
Amor e amor, separados
impossível de escalar no total
a quem deseja ambos os lados

A Perfeição é utopia
o que deseja, nunca terá
Amor é o que queria,
amor, com sorte, sentirá...


domingo, dezembro 12, 2004

Dificuldades 

O adjectivo "difícil" nunca andou tanto na boca do Mundo.
Tudo é difícil: A vida, a economia, o exame, o casamento... enfim, só obstáculos!
É um facto que é quase um lugar comum, por óbvio, dizer "que isto anda difícil", mas a apatia que assaltou as pessoas é confrangedora!! (não, não me refiro apenas à equipa de futebol do Benfica...).
O desânimo que invade as pessoas perante as (naturais) contrariedades da vida tem ganho proporções exacerbadas...
Não fujo à regra (embora tente), mas por vezes páro para pensar, olho em volta e sinto-me um felizardo! Não evito mesmo desabafar para com os meus botões: "aquilo é que são problemas"...
Apesar de paladares mais ou menos insonsos, a verdade é que as dificuldades são o sal da vida, é depois de uma contrariedade que vem uma alegria!é a lei da vida!
Não há fórmulas mágicas, aliás se houvesse deixavam-no de o ser; contudo gostava de deixar aqui algo que achei simplesmente delicioso:

"Em três palavras posso resumir tudo o que aprendi àcerca da vida: Segue em frente"
- Robert Frost




quinta-feira, dezembro 09, 2004

Viver e não (apenas) sobreviver 

Quando comecei a trautear por palavras certas ideias no blog, pensei, e penso, qual era/é/será o meu objectivo... último.
Cheguei à conclusão que o principal é a partilha...
Ok, primeira etapa concluida...
Mas depois perguntei-me "partilha de quê, que tenho eu para oferecer?"
"Pouco", respondo honestamente, mas há algo que julgo poder partilhar com o "Mundo" e é isso que me move: A ALEGRIA DE VIVER
Não gosto de ser dramático, tão pouco olhar para trás, mas viver, sentir, respirar, sentir, magoar(me)... é bom!!
É óptima a sensação de nos sentirmos vivos, de rir, de chorar, de perder, enfim, de correr riscos!
Limitarmo-nos a sobreviver é simples e cómodo, mas é inevitável a sensação de vazio que invade a alma, uma espécie de marcha lenta de "ses"...
Não envelheçam antes do tempo, se preferível nunca...

Já diziam os Clássicos: " Fugit irreparabile tempus" ...
Nas palavras mais "modernas" de Xutos e Pontapés "O que foi não volta a ser";
Numas mais próximas "Não tenham medo de ser felizes"

domingo, dezembro 05, 2004

"Norte" 

Assim se chama o novo album do Palma, o qual tinha já aflorado.
Depois de um fim de semana de deleite, cheguei a algumas conclusões...
A principal é... GOSTO!
Não vou perder tempo a dizer o que quem quer saber já sabe... o Jorge é um dos melhores poetas contemporâneos, ponto.
O que mais me impressionou (e continua) foi a alegria do album.
Não escondo que gosto do Jorge ao piano, a pô-lo a "falar" ao ouvido... nisso o album não é tão rico.
É um misto de sons, emoções e vivências. Será um dos mais "coloridos" da carreira dele. ~
Nunca diria, caso não o soubesse, que o teria feito nesta altura da vida...
Penso que é a prova de que em tudo o que fazemos, profissional ou pessoalmente, está reflectido o estado do nosso coração...
Por isso Jorge, parabéns não só por mais um bom album, como também por verteres a "tropicalidade" e o bem com que se nota que estás com a vida!
Ah, o "Passeio dos Prodígios" está, passe a tautologia, simplesmente... prodigioso!


Mais um "espasmo" com laivos de poesia... 

"A Escolha da Guerra"


Quantos inúteis sermões

E acordos assindados

Não emudecem canhões

Nem cessam a morte aos “soldados”


Um estrondo que ecoa

Mais uma mãe sem consolo

A morte destroi a pessoa

Nada mais cruel, ou tolo.


Ceifam a vida a inocentes

Sabe-se lá que mais farão?

Aos apelos são indiferentes

Querem o fim da Nação!


Lutam com raiva, é verdade

Pois não sabem coabitar

Não partilham uma cidade

Ou sequer o mesmo lar.


Todos querem a vitória

Dizer que foram o vencedor,

Mas o que fica p´rá História

É a derrota do Amor...


Gustas


quarta-feira, dezembro 01, 2004

Daltonismo... 

Hoje acordei com um dia cinzento e pensei "bolas, que raio de dia para se acordar!"...
Depois concluí que até um cinzento enevoado e turvo é mais motivante que mais um dia em tons de laranja...
E não é que me senti mais desperto?!...


O Palma, a calma e uma nova Alma 

Sentei-me, com a invejável calma com que o Jorge me consegue banhar a Alma... e simplesmente aproveitei, tirei partido em silêncio...
E foi enquanto ele me revelava o seu "Norte", que pensei no meu...
Este Blog esteve moribundo, foram demasiadas coisas para enunciar, mas que resumo como tempos ébrios de hiperactividade do ora "debitador"...
Mas não morreu, não só por mim, mas sobretudo por uma série de pessoas que foram (pacientemente) aguardando, provavelmente para além da fronteira do merecimento.
Estou de regresso, estamos de regresso a estas "lides", um "gracias" especial a quem por cá vai navegando, que encontrem doravante uma "doca" onde ancorar, ainda que por instantes.

Ah, a propósito, album... surpreendente, ainda em fase de "digestão"...


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