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sábado, maio 03, 2008

REW... 

Mano,
Olho para trás, para este último ano e meio... o (mais) vazio da minha vida... e sinto bem vincado a força do tempo que decorreu desde a última vez que demos um abraço, ou melhor, o nosso abraço...
Sei que não precisas que te diga o que se passa, tu sabes... tu a quem eu sentia que só não te dizia tudo, porque tu sabias grande parte mesmo antes de to dizer...
Há momentos que continuam a ser nossos... depois de tudo que já escrevi, voltei a ver in loco o Jorge Palma algumas vezes, Portishead, The Gift (ok... algo simples...), cruzei a nossa costa vicentina, invadi Madrid... enfim, tudo aquilo que será sempre genuinamente nosso...
Quando ouvi "Gloribox", recordei as nossas flutuações pelos sentimentos humanos, pelos ideiais, pela alegria de viver, tudo partilhado sob o nascer do sol da Zambujeira, que fizeste tua casa (como se já não o fosse...).
Sabes que por vezes (espero que compreendas) não evito as mais rebeldes, aquelas que me saltam para o rosto mesmo antes de as tentar limpar... eu tento, porque te conheço como ninguém e sei que não queres...
O nosso "velho do Restelo" de Liverpool parte segunda-feira para o México... lá vem à memória aquelas coisas mundanas sobre as quis nunca ninguém quer falar...
Por vezes canso-me de (tentar) ser sempre forte, de abraçar os nossos amigos e não chorar por ti... já tenho de o ser a nível profissional... mas enfim, tu sabes que eu aguento tudo...
Esta semana o teu homónimo Puto (palhaço!) fez mais uma festinha simples e tropical... como sempre gostámos... "chegámos-lhe" bem, como calculas... mas há sempre uma cadeira por ocupar... sobretudo na margem sol...
Quanto aos "velhos", caminham com a força que todos invejamos... confesso-te a ti, não a eles, que os admiro mais a cada dia que passa... agora confirmo da pior maneira de onde veio "isso tudo"...
Não te chateio mais por hoje, calculo que andes ocupado... quero apenas dizer-te, uma vez mais, até breve Andrézinho...

PS - Ver os jogos de Liverpool, ainda que na televisão... é algo único... tal como o sinto de cada vez que falo, de forma incontornavelmente apaixonada, a outros sobre a nossa epopeia de Liverpool, nomeadamente daqueles "gigantescos" pormenores... aqueles cuja tua capacidade para os criar e captar era única...

Aquele Abraço...

Asas e o céu como limite... 

Ontem, durante um jantar tropical (gracias Inês...), alguém me perguntava se ainda mantinha o meu desconforto (se fosse só isso) em voar...
Há um par de meses, mais de um ano após a partida do meu Mano para a maior das suas viagens, voltei a entrar num avião...
Escrevo aqui o que disse ontem... ou seja, que nunca me senti tão confortável no interior de um avião...
O porquê? Bem, esse é ambíguo... talvez tenha sentido que tinha menos a perder... mas essencialmente senti-me tão perto...
Ainda assim, a falta daquela gargalhada...
Volto a dizer... o tempo não cura... mas mostra-nos que tudo é possível...

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