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quarta-feira, abril 11, 2007

Após quase quatrocentos dias resolvo debitar mais algumas palavras depois das últimas. Aviso que será o escrever por escrever. Falar sobre as voltas que a vida dá, as certezas que se vão consolidando com o avanço da idade. E como ficamos tão mais velhos e experientes em cerca de três centenas e meia de dias, mais uma porrada de horas. Ora desde o meu último discurso cumpri mais 327 sessões de fisioterapia, o Benfica foi campeão, fui a Cuba, ao Brasil, arranjei um segundo emprego, apaixonei-me por todos os seres humanos que conheci, dormi 2190 horas, Dublin, San Sebastien, Liverpool (vivi um sonho em Anfield), respirei, nunca parei de, nunca parei, e vou continuar... porque tudo se me tem resumido a um princípio que não esqueço: A VIDA, OU É UMA AVENTURA OUSADA OU NADA DE NADA. Toma!!!

Por André Romeiras, um destes dias…


Não há praticamente dia em que não teime reler as tuas palavras… a culpa é tua, porque me habituaste àquela Alegria de viver…
Acabei de chegar de Espanha, após frenéticos 3000 kms e uma enorme companhia…
No entanto, o sentimento de falta foi constante… a cada momento vivido, a cada decisão tomada, a cada consulta de mapa, a cada gargalhada… e aqueles “deja vu´s” dos nossos momentos inesquecíveis…
Sei que me acompanhas aí por cima, entretido por um som “tropical” e um mojito… contudo, este sentimento de falta, que admito ser egoísta, desse não me consigo libertar…
A tua partida trouxe à ribalta o melhor de algumas pessoas, como só tu sabias fazer… és grande, pois mesmo nesta breve despedida, teimaste em mostrar-me que há pessoas ímpares… não as nomeio, porque tu sabes quem elas são… e eu agora também, uma vez mais graças a ti e àquela capacidade de te apaixonares pelas pessoas…
Desculpa não te deixar “descansado”, mas admito que sinto a tua falta, tenho saudades tuas, que queres que faça?!
No outro dia vi Anfield na televisão, ao som daquele hino… do nosso ideal… e cheguei à ambivalente conclusão que as coisas nunca mais serão como antigamente…
Não penses que estou triste, pois vivo a vida cada vez com mais alegria e intensidade… contudo, admito que dá mais trabalho viver aqueles momentos felizes, pois falta o principal “motor da animação”.
Um forte abraço do teu “mano”...

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